Como já escrevi, a publicação deste blog só está sendo possível graças às informações que foram fornecidas pela prima Fátima. E ela nos conta histórias da família e de como conseguiu os nomes para montar as árvores genealógicas dos descendentes de
Silvestre e David, filhos de Constante, que serão publicadas oportunamente:
"Consegui os nomes dos descendentes do Silvestre porque, tanto ele como meu avô Antonio, um dos filhos de Pedro, saíram de Entremontes e vieram direto para a cidade de São Paulo (não sei se vieram juntos ou separados; se na mesma época ou não); só sei que costumavam se visitar aos domingos. O Silvestre era irmão do Pedro, portanto tio do meu avô Antônio, que nasceu aqui no Brasil em Pedreira/SP, e, portanto, o Silvestre também era tio do Ângelo, irmão italiano do meu avô, e bisavô da Rosa Chiquetto, autora e idealizadora deste blog.
Minha mãe Therezinha Chiquetto Silva (nascida em 1938) e meu tio Waldemar Chiquetto têm até hoje a lembrança daquelas tardes gostosas de domingo, das brincadeiras com os “primos” (netos de Silvestre) e da chocolatada feita especialmente para eles (as crianças). O Silvestre e alguns de seus filhos, na ocasião todos já casados e com filhos, moravam no bairro da Quarta-Parada, bairro próximo à Mooca e os meus avós, no Belenzinho; então somente aos domingos conseguiam se encontrar.
A cidade não era como hoje, com inúmeras opções de lazer; então os parentes se visitavam sempre que podiam... Naquela época existiam pouquíssimos carros, então minha mãe se lembra que pegavam bonde ou ônibus para chegar ao bairro da Quarta-Parada. Minha mãe se recorda de que os homens ficavam jogando carta (provavelmente era truco, porque eles gritavam muito); as mulheres ficavam na cozinha conversando, fazendo bolos e a chocolatada; e as crianças ficavam fazendo “uma algazarra no quintal”. As crianças que brincavam sempre com minha mãe eram netos do Silvestre: a Wanda, o Zezinho e a Rosinha (pequenina), que eram filhos do José (apelido= Pino: acredito que de “Joshephino”), que era casado com Ermida, casal este que eram os padrinhos de minha mãe; e também a Zita, (Luiza), a Therezinha e a Alaíde, filhas de Luiz, casado com Angelina. Encontravam mais esporadicamente, também, a família de Elvira (casada com Marcial de Rio), e seus filhos Marcial del Rio (pintor), José del Rio, Waldemar del Rio, Ilda del Rio e Inês del Rio. Encontravam-se também de vez em quando com a família de Adelaide (casada com Antonio Pachieli), e os filhos Inês, Marcílio, Lídia e Toninha; com a família de João (casado com Elisa), e os filhos Elza, Armando e Augusto; e as famílias de Marieta (casada com Pedrinho Pavan) e sua filha Linda; e, finalmente, a família de Angelina (casada com Luiz Carnavale), e seus filhos Filomena, Rosina, Chiquinha e Severino. Minha mãe acha que estes dois últimos casais foram morar em Campinas, mas não sei a informação é verdadeira. Tomara que algum Chiquetto se “ache” nesta história!!!"
Consegui os nomes dos filhos de David, através das anotações do primo da minha mãe, Oswaldo, que morava em Entremontes (sobrinho do bisavô da Rosa Chiquetto, o Ângelo, e do meu avô Antônio). Este Oswaldo – filho de Jacob - já faleceu há alguns anos, e senti muito porque o conheci desde quando eu era criança, já que nas férias sempre íamos passar alguns dias no sítio do meu tio Oswaldo em Entremontes (aquele sítio cujo terreno situa-se exatamente no mesmo local aonde a Família de Constante Chiquetto, vinda da Itália, construiu o sobrado por volta de 1895). O sítio do Oswaldo, filho do Jacob, era encostado ao do meu tio, e bem maior, então na verdade tínhamos um espaço muito grande para passear e brincar! Lembro também que eu gostava muito de ouvir as serestas que ele tocava, na época, com seus amigos – ele tocava sanfona (ou melhor, acordeom). E, quando assisto ao programa do Rolando Boldrin na TV Cultura, parece que estou vendo o Oswaldo contando aquelas histórias... ele tinha o mesmo jeito gostoso de conversar e contar “causos” interessantes... E se não fosse pelo Oswaldo, provavelmente não saberíamos nada sobre a história de nossa família. Sua filha Paula era nossa companheira de brincadeiras pelos sítios afora; hoje ela é enfermeira, e trabalha na região (não me lembro se está trabalhando em Amparo, Pedreira ou Jaguariúna).
E, foi justamente lá no bairro de Entremontes, que conheci pessoalmente dois netos de David, que ainda moravam lá na época: o Afonso (que faleceu logo depois do falecimento do Oswaldo Rizzo Chiquetto; ambos eram muito amigos) e a Augusta, ambos filhos de Maria que era filha de David. Provavelmente a Maria deve ter permanecido por lá quando o pai (David) foi para Rio Preto e o tio (Pedro) foi para Tabapuã! Talvez tenha ficado por ali (em Entremontes/Pedreira) porque já havia se casado e o marido era dali. (conclusão minha...). Conhecemos pessoalmente também a Tuca (que deve ter quase a minha idade), filha de Augusta. Elas não eram Chiquetto porque a avó Maria casou-se sem colocar seu sobrenome nos filhos...
E o Orlando Chiquetto estilista também está na árvore genealógica (neto do Gino) porque há anos o meu irmão encontrou-se com o pai dele numa loja de materiais de construção, em Osasco, em São Paulo; quando chamaram meu irmão pelo nome (Chiquetto) descobriram o parentesco, conversaram e meu irmão ficou sabendo que ele era descendente do David. Coincidências da vida!, dois Chiquettos se encontrando numa loja em Osasco!
Gosto muito destas histórias; me lembro que quando criança eu gostava muito de ir ao sítio do meu tio em Entremontes; eu sentia verdadeira atração pelo local porque sabia que era ali que nossos antepassados haviam vivido logo após chegarem da Itália. Meu tio Oswaldo também gostava muito deste local; tanto que, depois de muito visitar o Primo Oswaldo, resolveu comprar este sítio na década de 70, exatamente no local (no mesmo terreno) aonde Constante Chiquetto e seus filhos haviam construído o primeiro sobrado que abrigou a Família Chiquetto!!!!!! Já faz dois anos que eu não apareço por lá; tenho saudades daquela vista, de deitar na rede e ficar admirando a bela paisagem na varanda...
E aí, naquele local, admirando a bela paisagem da varanda, a imaginação corria solta: de apenas uma pessoa (o Constante - e sua esposa, claro!), saíram tantos Chiquettos!!!!! Como seria o nome da esposa do Constante? Será que ele veio já viúvo ao Brasil???? E se o Constante, o Pedro, o Silvestre e o David não tivessem tido a coragem de vir ao Brasil, se tivessem permanecido na Itália, aonde estaríamos todos nós???? Simplesmente nem existiríamos!!!! Meu avô, por exemplo, não teria conhecido minha avó, que, apesar de ser italiana, só conheceu meu avô aqui no Brasil!...
Espero ter contribuído para que algum Chiquetto se localize nesta história. Talvez, juntando com outras, consigamos completar nossas árvores genealógicas!”
Texto escrito por Maria de Fátima Chiquetto da Silva, em 08/02/2009, em São Paulo.