sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Certidão de Desembarque de Costante Cecchetto



Eis que finalmente tenho a Certidão de Desembarque da família de Costante para postar neste blog. Para minha surpresa a família que desembarcou no porto de Santos tinha mais integrantes do que constava na página do Memorial do Imigrante, que postei em 03/02/2009.  Com eles veio, inclusive, a esposa de Silvestro, Rosa Badin. Isso contradiz o que escrevemos em 16/02/2009 e defaz a dúvida sobre a real data de chegada da família ao Brasil, confirmando que em 24 de dezembro de 1887 eles desembarcaram no porto de Santos.

O nome do navio que transportou-os se chamava Provence. Por informações obtidas no site do Arquivo Nacional, o navio Provence chegou no Rio de Janeiro em 25/12/1887, fazendo a linha Marselha/Rio de Janeiro, mas há registro de que ele passou no porto de Gênova, o que me faz deduzir de que nossos antepassados embarcaram em Gênova e desceram no porto de Santos, porque os navios faziam escalas em vários portos.

Vale registrar que no Arquivo Nacional não constam os registros dos passageiros que desembarcaram no porto de Santos. Os passageiros que ali desceram somente foram catalogados se tiveram passagem pela Hospedaria do Imigrante em São Paulo.

O meu bisavô Ângelo tinha 10 anos por ocasião da viagem. Ele veio com seus pais, Pietro e Regina, e os irmãos Valentino, com 3 anos, e Santo, com apenas 1 ano.

Somente agora me dou conta de que hoje é data de aniversário da chegada deles ao Brasil, que ocorreu há exatos 123 anos!

domingo, 28 de novembro de 2010

Foto da familia de Ângelo Cecchetto


Esta foto foi tirada em 1922. Estão nela, em pé: Albina, seus pais Amália Zanelato e Ângelo Cecchetto, Rosa Saran (minha avó) com o seu filho mais velho no colo, Pedro, ainda bebê, ao lado do esposo José Chiquetto e, ainda, Paulo Chiquetto. Sentados: Guerino, Fioravante (Dante), Nilde, Cezar (Cezarin), Anizio e Guilherme, todos filhos de Amália e Ângelo, assim como Albina, José e Paulo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Novos contatos

Retomei as pesquisas sobre os antepassados para continuar a escrever aqui no blog. Porque sei que ainda há muito a ser postado. Consegui novos contatos e descobri que nas árvores genealógicas, já postadas, faltam nomes, mas ainda não é possível publicar as novas, porque continuam faltando alguns dados, que terei em breve, espero.

Uma das novas descobertas é que a tia Albina não era uma das mais novas filhas de meu bisavô Ângelo, como eu pensava, mas depois dela ainda tinha nascido os irmãos Fioravante, Cezar (Cezarin), Anízio, Guilherme, Nilde e Guerino.

E por falar na tia Albina, consegui contato com sua neta Sheila e já tenho o nome de seus filhos, para completar a árvore genealógica. E, com certeza, teremos mais histórias para postar.
Também fiquei sabendo que o Fioravante teve mais uma filha, do segundo casamento, e ela se chama Magali, com quem já mantive contato e espero obter bastante informações.

Em suma, estou a postos e aguardando a colaboração dos parentes, inclusive com fotos.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Nono Bepe


"...até parece que foi ontem. Meu avô gostava de tocar a sua sanfona no quarto, sozinho. O quarto estava sempre escuro, para ele não fazia diferença pois era cego. Mas tinha um sexto sentido, pois a gente, os meninos, ficava testando este sentido dele: entrávamos totalmente em silêncio no quarto, pé por pé, e tocando a sanfona, concentrado na música, era impossível saber que estava sendo vigiado. Mas de repente parava bruscamente de tocar: - quem está aí? - perguntava em tom elevado demonstrando um misto de preocupação e irritação. Mas nós deixavámos escapulir as gargalhadas e corríamos para fora. Mas nem sempre era assim. Às vezes entrava sozinho no quarto enquanto ele tocava. Queria apreciá-lo tocando a sanfona, mas não adiantava, invariavelmente ele parava e questionava o intruso. Que merda de sentido..."


Texto de Luiz Carlos Chiquetto

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Bepe e Rosa

Estes são os meus avós, Rosa (de quem eu herdei o nome) e José (Bepe, como era conhecido).

José Chiquetto, filho de Ângelo e Amália, e Rosa Saran se casaram em Tabapuã em 10/09/1921. Ela era filha de Lourenço Saran e Ângela Fachin e nasceu em Ribeirão Preto (SP).

Eu cresci ouvindo as histórias da vida dos dois, mas principalmente de minha avó Rosa. Creio que pela vida difícil que minha avó enfrentou, ela demonstrava uma certa mágoa quando falava do passado. Ela contava que queria se casar com um português, mas a família não deixou e a obrigou a se casar com o meu avô. Dizia também que a sua mãe era de família rica (Fachin), mas que nada tinha herdado, porque era costume apenas os filhos homens serem herdeiros.

Tiveram sete filhos: Pedro, Ângela (Nena), Luzia (Lucia), Antonia (Nica), Orlando, Antonio (meu pai) e Aparecida (Cida). A tia Cida, a caçula,  nasceu no mesmo dia em que nasceu sua sobrinha Alda, filha mais velha da tia Ângela. Ou seja, mãe e filha deram à luz no mesmo dia.

Outro fato marcante na história da família é que meu avô Bepe ficou cego quando os filhos caçulas ainda eram crianças. Ele foi perdendo a visão pouco a pouco e quase não havia recursos para tratamento da doença. Minha tia Cida lembra que, quando ela tinha por volta de 10 anos, ele enxergava vultos. Nessa época, ela ficou muito doente, sofreu um desmaio e o meu avô, com o susto, ficou completamente cego.  Por causa dessa doença, a tia Cida ficou 9 meses internada no Hospital das Clínicas de São Paulo.

A vida deles não foi nada fácil. Sempre morando e trabalhando na roça, eles viveram em alguns municípios como Monte Aprazível, Macedônia, Nhandeara, Sebastianópolis do Sul e Votuporanga. Tiveram 26 netos.

sábado, 10 de outubro de 2009

Começar de novo

Após longo silêncio, volto a escrever. Hoje eu quero apenas falar sobre a emoção de escrever este blog.

sábado, 21 de março de 2009

Entremontes









QUADRO DE ENTREMONTES



Após nove anos vivendo em fazendas de café da região de Amparo e Pedreira(SP) desde que chegaram ao Brasil em 1886, Constante Cecchetto e seus filhos Pietro, Silvestro e Davide conseguiram erguer, por volta de 1895, um sobrado em Entremontes, aonde abriram um armazém de secos e molhados. Moravam todos juntos no andar de cima e o armazém funcionava no térreo.



Entremontes é um bairro de Pedreira/SP, localizado na zona rural; a estrada que passa por Entremontes liga a cidade de Pedreira à cidade de Amparo. Em minhas pesquisas na Internet descobri que Entremontes era muito próspero no século XIX (existia até telefone no local, o que na época era raro). Decaiu na época da crise do café, no século XX. Interessante é que Entremontes surgiu antes da cidade de Pedreira; na verdade pertencia à cidade de Amparo, tanto que a Rosa Chiquetto conseguiu documentos de nossos antepassados na Cúria de Amparo.


O quadro acima está pendurado na parede da casa de minha mãe desde que me conheço por gente; foi pintado por meu tio Carlo Marchetto, marido de minha tia Regina Chiquetto, que era neta de Pietro Cecchetto e Regina Piovesan. Ele retrata o bairro de Entremontes, mas a data é desconhecida, porque não sei se na época meu tio pintou "ao vivo" ou através de uma foto antiga. Atualmente a Igreja ainda existe.
Alguém tem mais informações sobre Entremontes? Seus pais ou avós ou bisavós lembram-se de alguma história "contada" pelos antepassados? Gostaríamos muito de conhecer mais histórias sobre a época!