terça-feira, 27 de outubro de 2009

Bepe e Rosa

Estes são os meus avós, Rosa (de quem eu herdei o nome) e José (Bepe, como era conhecido).

José Chiquetto, filho de Ângelo e Amália, e Rosa Saran se casaram em Tabapuã em 10/09/1921. Ela era filha de Lourenço Saran e Ângela Fachin e nasceu em Ribeirão Preto (SP).

Eu cresci ouvindo as histórias da vida dos dois, mas principalmente de minha avó Rosa. Creio que pela vida difícil que minha avó enfrentou, ela demonstrava uma certa mágoa quando falava do passado. Ela contava que queria se casar com um português, mas a família não deixou e a obrigou a se casar com o meu avô. Dizia também que a sua mãe era de família rica (Fachin), mas que nada tinha herdado, porque era costume apenas os filhos homens serem herdeiros.

Tiveram sete filhos: Pedro, Ângela (Nena), Luzia (Lucia), Antonia (Nica), Orlando, Antonio (meu pai) e Aparecida (Cida). A tia Cida, a caçula,  nasceu no mesmo dia em que nasceu sua sobrinha Alda, filha mais velha da tia Ângela. Ou seja, mãe e filha deram à luz no mesmo dia.

Outro fato marcante na história da família é que meu avô Bepe ficou cego quando os filhos caçulas ainda eram crianças. Ele foi perdendo a visão pouco a pouco e quase não havia recursos para tratamento da doença. Minha tia Cida lembra que, quando ela tinha por volta de 10 anos, ele enxergava vultos. Nessa época, ela ficou muito doente, sofreu um desmaio e o meu avô, com o susto, ficou completamente cego.  Por causa dessa doença, a tia Cida ficou 9 meses internada no Hospital das Clínicas de São Paulo.

A vida deles não foi nada fácil. Sempre morando e trabalhando na roça, eles viveram em alguns municípios como Monte Aprazível, Macedônia, Nhandeara, Sebastianópolis do Sul e Votuporanga. Tiveram 26 netos.

6 comentários:

  1. Interessante.... meu pai tb tinha problemas na vista, nasceu com 30% de visão em um olho, e aos catorze anos acidentou a boa, ficando até aos 37 quase cego, por falta tb de recursos. Veio para São Paulo, em 67, fez uma cirurgia no olho acidentado, ficou com 90% usando óculos, e aos 40, descolou a retina, ficando novamente quase cego. Faceleu em 93, aos 65 anos.
    Meu pai: Antonio Chiqueto, avô: Santo Chiqueto, ambos de Tabapuã.
    Angela M. Chiqueto

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  2. Ângela, então não foram apenas os nomes que se repetiram na família, pelo que me diz, também os problemas. A história de nossa família foi marcada por muita luta para vencer as dificuldades. Um grande abraço.

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  3. Cíntia souza Paulino Alves da Silveira19 de setembro de 2010 às 14:44

    Rosa olhando meu bisavô e minha bisavó chorei muito hoje é aniversário de meu pai João José Paulino uma saudade cortante me tomou o coração mas vc está de parabéns pelo blog prima te adoro.Cíntia Souza Paulino Alves da Silveira.

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  4. Cíntia, é sempre muito emocionante lembrarmos de nossos entes queridos que não estão mais entre nós. E a dor é mais intensa quando queremos retornar ao passado e, é lógico, não é possível. A saudade sempre será muito forte e dolorida. Ao pesquisar e escrever este blog fui envolvida por sensações e sentimentos que interferiram em algumas escolhas que fiz. Fique com Deus!

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  5. http://www.youtube.com/watch?v=F4E0f9dq5S8&list=UUcfZicnNgFNRxME0eWn6WLg&feature=share&index=10

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  6. Olá Rosa, como é emocionante a história da família Chiqueto, cada descoberta é muita emoção!
    Descobri que o Jose Chiquetto, seu avô, foi testemunha de casamento do meu avõ, o Santo Chiqueto, em Tabapuã. O meu avô era tio do José. Ele se casou madurão com 36 anos de idade com uma Facchin, prima da Rosa Saran, a Madalena, nascida em Ribeirão Preto.
    Amo essa história! Ah... sem contar os problemas de saúde muito parecidos, outra hora te conto!
    Bj

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